Watchmen — Texto de Alan Moore e arte de David Gibbons
“Watchmen” sempre é citada junto com “O Cavaleiro das Trevas” como “as obras que redefiniram os super-heróis”. É um erro. Embora contemporâneas, são duas HQs completamente diferentes. “Watchmen” é libertária e irônica com os vigilantes mascarados, retratados como tipos perigosos e fascistas. O grande vilão da história (olha o spoiler) é o super-herói Ozymandias, que decide forjar uma invasão alienígena para acabar com uma guerra nuclear entre EUA e a União Soviética e, portanto, salvar o mundo. Mas esse ato heroico redime seus crimes? E, afinal, quem deu a ele o direito de decidir quem vive e quem morre? “Quem vigia os vigilantes? / Who watches the Watchmen?” é a pergunta que percorre e define a obra. Muito diferente de “O Cavaleiro das Trevas”, que faz apologia do vigilantismo. Detalhe: se você conheceu essa história pelo filme medonho de Zack Snyder, aquele indigente mental, você viu coisas que não podem ser desvistas. O quadrinho é a obra de um gênio (Alan Moore) e as alterações que Snyder faz na história destroem o conceito de toda a trama.
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