A Liga Extraordinária — Texto de Alan Moore e arte de Kevin O’neill
A Liga não é o melhor trabalho de Alan Moore, mas é o mais divertido. O autor reúne heróis da literatura da Belle Époque numa espécie de “Liga da Justiça” steampunk. O grupo é formado por Allan Quartermain (de “As Minas do Rei Salomão”), Mina Murray (de “Drácula”), Capitão Nemo (de “Vinte Mil Léguas Submarinas”), Mr Hyde (de “O Médico e o Monstro”) e Hawley Griffin (de “O Homem Invisível”). Eles são recrutados pelo serviço secreto inglês, comandado por um misterioso homem chamado “M”, que eles supõe ser Mycrof Holmes, o irmão de Sherlock, que desapareceu nas cataratas de Reichenbach, na Suíça. Sua missão é encontrar um combustível chamado “carborite” que pode fazer o Império Britânico vencer a corrida espacial que disputa com a França. Isso os leva a se meter numa guerra no submundo de Londres entre Fu Manchu (dos livros de Sax Rohmer) e James Moriarty (o arquinimigo de Sherlock Holmes). A série tem ainda inúmeros personagens secundários pinçados da literatura da época e encontrá-los é um jogo dos mais divertidos. Por exemplo: o segundo em comando no submarino Náutilus é Ishmael, o narrador de “Moby Dick”. Kevin O’Neill não é apenas um ilustrador, mas um co-autor. Sua Londres é gótica, industrial, suja. Sua Paris é azul, cheia de chaminés e fumaça. A Liga teve várias continuações, mas a primeira série é a melhor de todas. As demais são inferiores, mas valem a leitura. fonte:revistabula.com
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